Judy: Muito Além do Arco-Íris
Judy Garland era uma menina sonhadora e com um talento incomum que teve a má sorte de cruzar o caminho de um mercenário. Mayer apresentou à garota um lugar além do arco-íris, mas em vez de encontrar um céu azul como a música Over The Rainbow sugere, ela encontrou um mundo cinzento. Na estradinha de tijolos amarelos havia muitos espinhos, Judy pisou, se feriu e suas feridas permaneceram sangrando até seu último segundo de vida.
De todas as cinebiografias que já assisti, de Judy Garland é a mais dolorosa. Frances Ethel Gumm nasceu em 1922 e adotou o nome artístico de Judy Garland, a jovem atriz se destacou por ter uma voz perfeita, mesmo assim era frequentemente humilhada nos sets de filmagens por não ter o estereótipo das outras garotas de sua geração. Judy sofreu na pele as consequências do cinema hollywoodiano da época que visava somente lucro e glamour, deixando de lado o bem-estar de seus artistas.
"Judy: Muito Além do Arco-Íris" não é um filme perfeito, o roteiro tem vários problemas bem visíveis, mas o talento de Renée Zellweger praticamente extingue as falhas do roteiro. A atriz se entrega de corpo e alma ao papel e nos presenteia com a melhor atuação de sua carreira, até o momento. Zellweger transmite ao público todas as dores que Judy carregava na alma, seus problemas com o alcoolismo, o vício em medicamentos, a insônia que a maltratava e a depressão profunda que a corroía por dentro.
Título original: Judy
Direção: Rupert Goold
Ano de lançamento: 2019
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