A Vida é Bela

 

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Algumas pessoas afirmam que "A Vida é Bela" banalizou o Holocausto, não medindo palavras para denegrir o filme e seu idealizador. Longe de mim impor minha opinião, mas creio que falta sensibilidade. Levei mais de duas décadas para assistir esse filme e, ao vê-lo novamente consegui captar toda a magnitude de sua mensagem.

Em momento algum senti que Roberto Benigni fez pouco caso do Holocausto, pelo contrário, ele, com seu humor inocente, conseguiu transmitir de uma maneira doce toda a crueldade vivida pelos judeus nos campos de concentração. Lá havia sofrimento, mas também havia esperança e foi esse fio de esperança que ajudou os sobreviventes a superar a fome, torturas e todo tipo de injustiça, conseguindo sair com vida daquele lugar de horrores.

É uma obra de rara beleza, que mesmo carregada de um humor pungente consegue transmitir toda a crueldade do Holocausto. É uma comédia com grandes doses de tragédia. Em algumas cenas, o riso aparece, mas logo desaparece porque os olhos lacrimejam.

Um filme agridoce que retrata um período sombrio de maneira delicada. Nessa obra, a Segunda Guerra Mundial é o pano de fundo, o foco principal é a relação familiar, mostrando até onde um pai é capaz de ir para proteger o filho das maldades deste mundo. 

Título original: La vita è bella

Direção: Roberto Benigni

Ano de lançamento: 1997

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